TECNOLOGIA SOCIAL COM BASE NA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL - ECOMUSEU E COMUNIDADES EDUCADORAS - O Programa de Educação Patrimonial do Ecomuseu de Maranguape - Históricos e Perspectivas

COMUNIDADE EDUCADORA 

UMA TECNOLOGIA SOCIAL COM BASE NA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL


Os jovens e o Programa 

de Educação Patrimonial do Ecomuseu de Maranguape.


 

A primeira turma de 20 jovens (12 e 18 anos) guias culturais do Ecomuseu de Maranguape formou-se entre os anos de 2006 e 2009. Foi composta por estudantes da Escola Municipal José de Moura e das Escolas de Ensino Médio de Maranguape. Jovens que em comum, compartilhavam o fato de serem moradores da mesma comunidade rural, o distrito de Cachoeira. 


                           

(Durante a organização de um exposição no Ecomuseu de Maranguape. 2007. Alguns dos primeiros Agentes Jovens do Patrimônio Cultural. 
Da direita para esquerda: 
Alexandre Arruda, Leandro Oliveira, Rayane, Cavalcante, Lucivânia Ferreira, Hartemísia Sousa, Aline Freire, Iara Cavalcante, Milena Santos, 
Marcos Meneses)



Estes primeiros jovens, hoje tomaram seus próprios caminhos e alguns deles continuam no Ecomuseu de Maranguape por meio dos seus filhos... Pois o programa de formação em educação patrimonial  com duração de 03 anos, desde o ano de 2006 já formou 04 turmas diferentes. E é processo sócio-educativo o tema central deste artigo...


A ideia da criação do Ecomuseu de Maranguape nasce em 2005 com a parceria entre a ONG Fundação TERRA e a Escola Municipal José de Moura que juntamente com outras duas organizações sociais da comunidade rural do distrito de Cachoeira, o Centro Comunitário de Cachoeira e o Comitê Agrícola de Cachoeira. Naquele ano realizou-se tanto a Conferência Infanto-Juvenil do Meio Ambiente na Escola e a elaboração da Agenda 21 local coordenada pelo Centro Comunitário de Cachoeira. Esta articulação reuniu as melhores condições, sobretudo da participação comunitária, para a autodeterminação em assumir projetos em museologia comunitária na iniciativa de um Ecomuseu como diretriz da Agenda 21 de Cachoeira. 

No ano seguinte e como forma de aliar a missão do Ecomuseu de Maranguape aos princípios da Declaração de Quebec, em 12 de outubro de 2006 inaugura-se o primeiro Ecomuseu do estado do Ceará, sediado em uma comunidade rural, o distrito de Cachoeira, município de Maranguape.

Portanto, a juventude local foi o segmento privilegiado dos projetos, sobretudo, pela interlocução que estes naturalmente fazem entre as diferentes gerações. Sobre isso, uma das primeiras exposições de longa duração produzidas pela primeira turma de jovens do programa de formação em educação patrimonial recebeu o nome de "Belezas do Sertão", que conta entre outros objetos, foto-pinturas dos casais mais antigos da comunidade, que por sua vez, representam os familiares e antepassados dos jovens integrantes dos projetos do Ecomuseu de Maranguape, como mostram os registros a seguir:  


           
 
                                                    







                                                                                              




                                                                                                

      















Durante os anos de 2009 a 2011 com o apoio do Programa Ponto de Cultura e Cultura Viva do Ministério da Cultura do Governo Federal (MINC) e da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (SECULT), o Ecomuseu de Maranguape integra o programa tornando-se também um PONTO DE CULTURA. 

                                             




O projeto desenvolvido como Ponto de Cultura pelo Ecomuseu de Maranguape, tratou de pedagogicamente estruturar o programa de formação em educação patrimonial para 50 (cinquenta) jovens da comunidade local que denominou-se de PROGRAMA DE FORAMAÇÃO DE AGENTES JOVENS DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE MARANGUAPE. 

Durante esta segunda edição (2009/2011) dos 03 (três) anos do programa dos AGENTES JOVENS, o conteúdo da formação passou a contemplar as seguintes temáticas e carga-horária: 

   

   













Para os anos de 2011 a 2013 juntamente com o programa de educação integral, o programa de educação patrimonial do Ecomuseu de Maranguape abrangeu diretamente todos os estudantes do Ensino Fundamental II da Escola Municipal de José de Moura e indiretamente todo o Ensino Fundamental I por meio de uma disciplina formal denominada AEL (Arranjos Educativos Locais), em que um profissional do quadro de educadores ministrava (e ainda ministra) semanalmente conteúdo em educação patrimonial. 

O programa de educação integral do Ecomuseu de Maranguape contou com uma articulação com o programa MAIS EDUCAÇÃO/MEC. Os agentes jovens do Ecomuseu ao integrar as monitorias deste programa de jornada ampliada do MEC, integraram as equipes de educadores também da Escola local. Ou seja, o programa promoveu a fusão de tempos e espaços de aprendizagem. Esta articulação em 2015 fundamentou a tecnologia social chancelada pela Fundação Banco do Brasil, denominada COCRIANDO COMUNIDADES EDUCADORAS.      

 



O programa de educação patrimonial assumiu o território com os  seus saberes e fazeres como currículo transversal e interdisciplinar. O conteúdo contemplou atividades desde da culinária típica, tecnologias sociais do Forno Solar às oficinas de arte-educação.









ECOMUSEU E COMUNIDADES EDUCADORAS
Tecnologia Social com base na Educação Patrimonial 


Entre os anos de 2013 a 2015 com o incrementos de dois outros projetos do Ecomuseu de Maranguape - Rede de Tecnologias Sociais de Maranguape e e Rede Juntos pela Educação Integral - o programa de educação patrimonial procurou aliar de modo cada vez mais interdisciplinar as temáticas ambiental e educacional com vista ao desenvolvimento integral do território. 

 























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